A HOMOSSEXUALIDADE NA UMBANDA.
Os gays estão presentes em todas religiões, mesmo nas mais homofóbicas. Não é segredo para ninguém o batalhão de homossexuais na Igreja Católica e em número menor nas Protestantes: como porém o cristianismo condena o amor entre pessoas do mesmo sexo, tudo acontece de baixo do pano, na hipocrisia. Há estimativas de que 40% do clero católico brasileiro é homossexual.
O número alto de padres com Aids e padres gays assassinados comprova a veracidade desta presença.
Quanto à presença maior de gays e lésbicas no candomblé se explica por ser uma religião que não interfere na vida sexual de seus adeptos (não há noção explícita de virtude e pecado, muito menos a condenação dos pecados contra a castidade); há Orixás que têm vida sexual bastante irregular de acordo com os padrões oficiais de nossa cultura sexual (Iemanjá casou-se com o irmão e foi violentada por seu próprio filho de quem teve outro filho); há Orixás que são transexuais, isto é, mudam de sexo, como Logun-Edé e Oxumaré, que uma metade do ano são homens, a outra metade, mulher.
A maior parte dos principais pais de santo no passado e presente foram e são ou bissexuais ou homossexuais. Filhos de santo a mesma coisa. Todo mundo sabe, mas não se fala, não se assume. Tolera-se mas não há um discurso articulado de defesa da livre orientação sexual dos indivíduos, o que é uma pena, pois apesar de muito praticado, o homossexualismo continua sendo, no candomblé.
Gay tem muito a ver com vaidade, culto do corpo, curtição de roupas, modas, "fechação". Não é à toa que o movimento gay tem como símbolo o arco-íris - todas as cores! Há estudos antropológicos que sugerem que muitos gays buscam o candomblé como forma de exteriorizar sua feminilidade reprimida, recebendo orixás mulheres quando possuídos, dando vazão à sua "alma de mulher" quando participam da confecção das roupas e adereços rituais.
Logun-Edé e Oxumaré dizem alguns estudiosos que são "transexuais" ou "hermafroditas sociais", incorporando ao longo do ano, os dois sexos. O próprio Oxalá também participa desta dualidade, pois segundo alguns mitos yorubás, reúne em si o lado masculino e feminino - aliás, como muitos outros deuses antigos. Mas eu não creio nisso totalmente, antes acho que existe suas personificaçoes e dualidade, sem comprometer sua natureza pessoal desses orixas. Iansã é mulher-macho, veste calça e tem cavanhaque, além de ser forte e poderosa "como um homem". Oxóssi, caçador, consta em alguns mitos antigos que manteve relação amorosa e sexual com o orixá as folhas, Ossaim ou Ossanha.
Pelo Brasil a fora, muitos e travestis e gays, sobretudo de classes mais humildes, incorporaram palavras de inspiração nagô (ou yoruba, que é a mesma coisa) em seu linguajar diário. Alguns exemplos: mona=mulher; adé=gay; aló=lésbica; edi=pênis; ocan=bunda; ocó=homem; uó=coisa ruim, etc. A explicação para o uso desses termos pela cultura gay brasileira tem a ver com a frequencia de muitos homossexuais brancos e negros nos terreiros afro-brasileiros e pela significativa presença de negros na comunidade gay. Como outros "dialetos" grupais, é uma forma de através de linguagem cifrada evitar que pessoas de fora entendam conversas mais íntimas dos próprios homossexuais.
Por exagerar a efeminação, que é cada vez menos frequente entre os homossexuais - que adotam o modelo da "bicha barby", malhados, viris. O Grupo Gay da Bahia há anos protesta contra estes estereótipos que ridicularizam os homossexuais.
No entanto isso não acontece por causa do orixa, por incorporar Pombagira ou por causa de rituais magisticos, mas por uma fraqueza espiritual e por uma opçao. Em algus casos nota-se que a uma força como sendo genetica ou hereditaria. Mas é possivel que algus casos sejam por causa de uma ordem carmica de provação para testar a pessoa e sua sexualidade. O mesmo pode se dizer das lesbicas que tem os mais variados motivos e explicações.
Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.
Postado por Umbanda-Astrologica às 07:06
Marcadores: CONCEITOS DE UMBANDA - ASTROLOGICA
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