Mediunidade de Incorporação
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Inconsciente
Neste caso, a posse do guia sobre o corpo do médium é total. Uma vez terminada a incorporação, o médium de nada recordará dos fatos ou pessoas que com os seus guias tiveram contato. Esse tipo de mediunidade NÃO É COMUM. Na média, a cada 100 médiuns, em início de seu desenvolvimento, de 1 a 3 médiuns poderão ser totalmente inconscientes.
Semiconsciente
Neste caso, o médium ao final da incorporação, terá vagas lembranças dos fatos e pessoas que com o seu guia tiveram contato.
A manifestação do guia será forte e claramente sentida pelo médium, porém, a lembrança dos fatos desaparece rapidamente, podendo-se comparar a um sonho, rapidamente esquecido. Esse tipo de mediunidade é mais comum, ou seja, a cada 100 médiuns em início de seu desenvolvimento, 15 ou 20 estarão desta forma classificados.
Consciente
Neste caso, o médium, uma vez incorporado, permanecerá lúcido e perceberá totalmente o que se passa a sua volta. O médium, porém, terá a certeza de estar sendo comandado, isso porque perceberá fatos, como movimentos das mãos e dos braços, sem o seu comando, perceberá a pronúncia de palavras e frases sem o seu comando, e ainda perceberá o movimento do corpo, também sem o seu comando. A mediunidade de incorporação consciente é a que mais confusão causa na mente do médium. Muitos a classificam de intuitiva, na qual o médium transmite com suas palavras às idéias ou mensagens que o seu guia envia à sua mente.
Esse tipo de mediunidade é a mais comum, ou seja, dos 100 médiuns citados como exemplo, em que separamos os inconscientes e semiconscientes, todos os demais serão inicialmente conscientes.
Dizemos inicialmente conscientes porque, com o passar do tempo, a afinidade do médium com o seu guia, aliada à fé que o médium desenvolver em seu guia, bem como ao seu desenvolvimento moral, junto com seu merecimento, poderá essa consciência ser aos poucos retirada, podendo o médium chegar aos outros dois estágios.
Porém, será necessário muito merecimento, muita fé e muita dedicação por parte do médium.
Comentário do Pai de Santo
No mecanismo da mediunidade de incorporação, o espírito do médium afasta-se momentaneamente do corpo durante a comunicação de seu Guia.
É consciente quando o Guia atua apenas sobre o cérebro do médium, que por sua vez recebe os pensamentos da entidade e os transmite muitas vezes com as próprias palavras. Em razão desse fenômeno, muitos médiuns principiantes, acham que as mensagens transmitidas, são seus próprios pensamentos. A falta de confiança é um sério motivo de inibição ao desenvolvimento desse tipo de mediunidade. O médium nessa situação, normalmente aumenta muito a sua sensibilidade e passa com o tempo a notar (quando se entrega totalmente) movimentos dos braços, das pernas e da boca sem a sua interferência. A consciência é mediunidade de prova e testa constantemente a fé de um médium em relação a sua missão. Se for um bom médium (bom médium é aquele que é dedicado a sua missão) não dará importância a esse fenômeno e seguirá com a sua missão até o final sem tropeços.
É semiconsciente quando o Guia atua sobre o cérebro e o duplo etérico e movimenta os órgãos da fala e os membros do médium, mas o médium tem ainda em grande parte a consciência do que ocorre a sua volta já que percebe em grande parte as mensagens que lhe chagam ao cérebro.
É inconsciente quando o Guia atua de forma ampla sobre o espírito, o cérebro e o duplo etérico do médium, ocasião em que o médium adormece, mas permanece ao lado do seu corpo.
Na aproximação do Guia que tenta fazer as ligações necessárias entre ele e o médium, são comuns os tremores do corpo e o aumento forte da respiração do médium, esse fato ocorre devido ao deslocamento sutil do duplo etérico do médium. As ligações de um Guia ao corpo astral de seu médium, são complexas e difíceis de explicar e exige do Guia, também grande aprendizado. Por esse motivo, os sofredores necessitam do auxilio de um Guia ou protetor para poderem se comunicar, ocasião em que o Guia faz as ligações entre o espírito comunicante e o médium.
Mas o importante é comparecer aos trabalhos nos dias combinados e fazermos a nossa parte, de resto, nada mais é importante nesse assunto.
Compreenda que se um médium não é inconsciente, mas diz que é, ele mente. Se alguém mente, é porque esse alguém esconde alguma coisa ou fantasia alguma coisa em sua mente, desta forma, até que fique provado que um médium é realmente o que diz ser, deve-se desconfiar sempre dele, principalmente os que se dizem totalmente inconscientes.
Sempre desconfie, porque, pelo que transmito aqui, essa faculdade não é comum. Não esqueça, se alguém mente...
Médiuns videntes
Desconfie sempre também, daqueles que se dizem VIDENTES.
A vidência momentânea é comum e a maioria das pessoas a possui, porém, a vidência total, na qual algumas pessoas dizem ver espíritos, não é somente rara, é excepcional, sendo necessário ao médium com essa qualidade possuir elevado padrão moral.
Vale ressaltar mais uma vez, que o importante é a certeza do dever cumprido, não importando o tipo da mediunidade ou sua classificação. Importante é o médium comparecer aos trabalhos e trabalhar para ajudar seu próximo. Muitos médiuns são conscientes, desde o início até o final de sua missão, e são bons médiuns. São médiuns firmes e corretos nos quais podemos confiar, e são médiuns felizes, que conscientes e convictos de sua missão e merecimento, cumprem o seu dever. Se este é ou vier a ser o seu caso, SEJA FIRME em seus atos, pensamentos e atitudes.
Caso verídico
Certa vez quando ainda era muito jovem e no início do meu desenvolvimento, visitei certa tarde um terreiro muito estranho. Uma pessoa havia feito um comentário para minha Mãe de Santo sobre o local e eu muito curioso como sempre, fui até lá.
Quando entrei no local, não vi nada de anormal, lá estava o altar, o espaço reservado para assistência, etc. Nesse local a Mãe de Santo não incorporava e simplesmente ordenava os trabalhos e essa mulher se dizia “médium vidente”.
A mulher dizia a todo instante que estava vendo caboclo fulano e o caboclo cicrano... Em dado momento olhou para mim e veio conversar. A princípio me deixou feliz, dizendo que estava vendo o meu Guia ao meu lado e em seguida me deixou triste ao fazer o seguinte relato:
- A sua vida meu filho está toda atrapalhada (o que não era verdade) porque estou vendo que você teve um relacionamento com uma mulher casada e essa mulher lhe fez um trabalhinho que o está atrapalhando (o que também era mentira).
Levantei e sem dizer nada e fui embora. Eu nunca tinha tido tal relacionamento o que indicava claramente que a mulher mentia e não tinha vidência alguma. Qual era então o objetivo daquela mulher?
Eu lhe digo, ela queria o meu dinheiro. Se ela tivesse conseguido me acuar psicologicamente sob a alegação de trabalho feito, iria pedir dinheiro para quebrar o trabalho. Na porta desse local, no entanto, lá estava a placa com o nome Umbanda.
Que existem médiuns videntes não há dúvidas e eles são muito úteis em qualquer trabalho espiritual. Agora seja sempre como eu, seja como São Tomé (1), antes tenha certeza do que ouve desses médiuns. Na dúvida fique longe deles, porque o objetivo é sempre um só, extorquir o dinheiro do próximo ou tirar algum proveito de alguma situação que o interessa.
Fuja dessa escoria!
(1) São Tomé – Santo católico que foi apostolo de Jesus. São Tomé ficou conhecido por somente acreditar nos milagres de Jesus depois que constatava a verdade sobre eles, desta forma, só acreditava no que via.
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